18 de fevereiro de 2010

Organizando a sala de aula




Nas primeiras semanas,confeccionei com as crianças o mural da sala com o tema Carnaval,fizemos o cartaz dos aniversariantes e os numerais.Acho muito importante a participação dos alunos na montagem do ambiente,eles se sentem parte da sala,ficam procurando o seu desenho no mural e se enchem de alegria ao mostrar pra alguém.


No cantinho dos números,fomos colocando as figuras de acordo com a quantidade representada:






Mural de Carnaval: as crianças fizeram as máscaras,fizemos a leitura da imagem,falamos das fantasias de Carnaval e ainda registramos a música "Pirata da perna de pau"






Cartaz dos aniversariantes(nos pássaros está escrito o nome dos meses e nas nuvens os nomes das crianças)

Algumas dicas sobre o que deve ter na sala de aula(retirado do blog Baú de ideias,professora Ivanize Meyer):
Mural: é um quadro preso à parede. Nele podemos organizar os trabalhos das crianças, ou enfeitar de acordo com o projeto desenvolvido. O mural é um espaço que deve ser modificado periodicamente.


Cartaz: ele comunica algo que esteja sendo estudado, deverá ficar na altura dos olhos das crianças. Os cartazes podem compor um "blocão", organizando as folhas de forma que fiquem presas na parte superior.

Calendário: pode-se trabalhar com calendário semanal, mensal e anual. Ao utilizar o calendário com a criança, ela percebe a sequência dos dias, semanas, meses e a passagem de tempo ao longo de um ano.

Aniversariantes: pode ser um cartaz com todos os aniversariantes, ou mensal. Também pode estar organizado no mural.

Combinados: são as regras de convivência da turma. Gosto de imprimir e deixar em local que possa ser consultado pelas crianças e por mim quando há necessidade de "relembrar".

Alfabetário: são as letras do alfabeto organizadas, geralmente, na horizontal para facilitar a leitura. É um importante material de apoio.E deverá ser em script maiúscula e minúscula.De modo lúdico,mostrem as maiúsculas nos próprios nomes...com a constância e não com correção eles inserem no dia a dia..É necessário o apoio visual ,sempre, para os nomes.

Faixa numérica: são os numerais de 0 a 9; o número está associado à quantidade (elementos). Também é um material para consulta.

Dependendo do projeto, pode-se pendurar pela parede: mapas, cartazes do corpo humano, ou sobre temas específicos (animais, plantas, etc).
O espelho serve para atividades especifícas ou mesmo para que se vejam. As crianças adoram um espelho!
O cartaz de boas vindas do início do ano pode ser renovado a cada período, como novos temas.
Calendário da minha turma


Quadro para a chamadinha

Cantinho de leitura e alfabetário


calendário de eva


3 de fevereiro de 2010

Nomes próprios

Inciando o projeto Identidade, vou trabalhar com as crianças na primeira semana de aula, os Nomes de cada um já que a formação da identidade está relacionada intimamente ao conhecimento do nome.

Por que trabalhar com os nomes próprios na Alfabetização?
As crianças que estão se alfabetizando podem e devem aprender muitas coisas a partir de um trabalho intencional com os nomes próprios da classe. Estas atividades permitem aos alunos as seguintes aprendizagens:
· Diferenciar letras e desenhos;
· Diferenciar letras e números;
· Diferenciar letras, umas das outras;
· A quantidade de letras usadas para escrever cada nome;
· Função da escrita dos nomes: para marcar trabalhos, identificar materiais, registrar a presença na sala de aula (função de memória da escrita) etc;
· Orientação da escrita: da esquerda para a direita;
· Que se escreve para resolver alguns problemas práticos;
· O nome das letras;
· Um amplo repertório de letras (a diversidade e a quantidade de nomes numa mesma sala);
· Habilidades grafo-motoras;
· Uma fonte de consulta para escrever outras palavras.

O nome próprio tem uma característica: é fixo, sempre igual. Uma vez aprendido, mesmo o aluno com hipóteses não alfabéticas sobre a escrita não escreve seu próprio nome segundo suas suposições, mas, sim, respeitando as restrições do modelo apresentado.As atividades com os nomes próprios devem ser seqüenciadas para que possibilitem as aprendizagens mencionadas acima.Uma proposta significativa de alfabetização, aquela que visa formar leitores e escritores, e não mero decifradores do sistema, não pode pensar em atividades para nível 1, nível 2, nível 3...

É preciso considerar:
· Os conhecimentos prévios dos alunos.
· O grau de habilidade no uso do sistema alfabético.
· As características concretas do grupo.
· As diferenças individuais.

Seqüência de atividades
1. Selecione situações em que se faz necessário escrever e ler nomes. Alguns exemplos:· Escrever o nome de colegas para identificar papéis, cadernos, desenhos (pedir que os alunos distribuam tentando ler os nomes).· Lista de chamada da classe.· Ler cartões com nomes para saber em que lugar cada um deve sentar; para saber, quem são os ajudantes do dia, etc.

2. Peça a leitura e interpretação de nomes escritos.

3. Prepare oralmente a escrita: discuta com as crianças, se necessário, qual o nome a ser escrito dependendo da situação. Se for para identificar material do aluno, use etiquetas; para lista de chamada use papel sulfite ou papel craft.

4. Seja bem claro nas recomendações: explicite o que deverá ser escrito, onde fazê-lo e como, que tipo de letra usar, etc

5. Peça a escrita dos nomes: com e sem modelo.

Ao final das atividades, o aluno deve:
· Reconhecer as situações onde faz sentido utilizar nomes próprios: para etiquetar materiais, identificar pertences, registrar a presença em sala de aula (chamada), organizar listas de trabalho e brincadeiras, etc.
· Identificar a escrita do próprio nome.
· Escrever com e sem modelo o próprio nome.
· Ampliar o repertório de conhecimento de letras.
· Interpretar as escritas dos nomes dos colegas da turma.
· Utilizar o conhecimento sobre o próprio nome e o alheio para resolver outros problemas de escrita, tais como: quantas letras usar, quais letras, ordem da letras etc e interpretação de escritas.

2 de fevereiro de 2010

O que é o Método Natural?


Vejo muitas vezes o termo natural ser empregado de uma forma equivocada quando se refere à qualificação que se deseja dar a uma escola. Na verdade, o qualificativo “natural” nasceu de uma extensão do emprego do significado dado originalmente a um método de alfabetização criado por mim. Isso se justificava visto que a metodologia de alfabetização fora criada em função de promover a seqüência natural de transformações que ocorrem num indivíduo quando este constrói um sistema de leitura, isto é aprende a ler. Portanto “método natural” seria aquele que promove o processo natural, isso é: o processo fisiológico, de construção de sistemas operacionais de leitura. Este ‘método natural de alfabetização’ preconiza também que seja necessariamente modificado o ambiente educacional, como um todo. Visto não apenas na sua forma física, mas, sobretudo, no seu sistema ou regime de relações sociais. Isso porque julgamos essencial contar com a iniciativa do aluno no ato de aprender, na ação de procurar a solução, interessar-se voluntariamente e responsabilizar-se por ela. Para isso foi necessário que criássemos uma metodologia que permitisse ao aluno escolher a forma de realizar a sua atividade, para que se empenhasse motivado, por sua livre opção. Em decorrência deste princípio escolhemos a única dinâmica de classe possível, para que o aluno pudesse fazer escolhas e tomar decisões e, inevitavelmente, rejeitamos a postura tradicional do mestre que acredita que sabe tudo que precisa “passar” esse conhecimento ao aluno e a substituímos por uma atuação democrática do professor.
O termo natural veio emprestado do método inicialmente de alfabetização e abrangeu a escola que se propôs a estender essa filosofia às séries seguintes. Aquela onde o conteúdo é construído a partir do conhecimento existente no grupo, trocado entre os alunos e acrescido pelas leituras e pesquisa. É fixado pelos diferentes registros escritos, ilustrados e ou dramatizados, feitos por redação própria do aluno e não apenas por texto ditado pelo professor, lido no livro e treinado pelo exercício de respostas a questionários impressos no livro ou em apostilas, como ocorre na escola tradicional, que reflete nítida e exclusiva valorização da memória. Hoje, nossa metodologia é conhecida como “construtivista”.
Escola Natural é aquela onde a sala mantém um espaço livre para as rodas de conversa. Oferece grupos de mesa formados de acordo com o número de atividades do dia. Estantes e armários para guarda do material sempre acessível ao aluno e onde a turma participa da organização do mobiliário e equipamentos da sala e opina sobre a melhor arrumação para as atividades do momento. Não há lugares fixos. Os grupos se organizam em torno de um propósito escolar.
É aquela onde os cadernos registram e acumulam informações úteis à fixação do conhecimento que está sendo construído e a redação é quase exclusivamente feita, de próprio punho, pelo aluno. O objetivo se desloca da memorização e se preocupa em fazer o aluno criar métodos e sistemas próprios de aprender e de estudar. Isso é o oposto do que ocorre na escola tradicional, onde estes acumulam matéria, quase sempre copiada de textos escritos no quadro de giz, que terão que ser lidos e decorados pelos alunos depois.
A Escola Natural é um espaço social, altamente disciplinado, onde os alunos respeitam regras e limites estabelecidos por eles mesmos, de comum acordo, e onde o professor é um líder democrático, coordenador das motivações e atividades do grupo, que exerce as funções de estimulador, consultor, orientador e executor das políticas estabelecidas no grupo. Tem a responsabilidade de prover o ambiente de materiais pedagógicos e experiências educativas adequadas e a função de cobrar o cumprimento das regras estabelecidas. Isso é bem diferente do que ocorre na escola tradicional onde o mestre supostamente “passa” o “saber” aos alunos, como autoridade indiscutível do conhecimento.
A Escola Natural é uma escolha inteligente de pais que acreditam que seu filho saia mais fortalecido e seguro pela apropriação do conhecimento, construído por ele mesmo, do que se tivesse apenas memorizado e têm certeza que democracia, assim como delicadeza, não se aprende decorando frases copiadas do quadro de giz, mas se aprende vivendo democraticamente. São pais que desejam construir uma sociedade futura efetivamente democrática, composta por cidadãos democráticos, seu filhos, criados em regime democrático, dentro de sua sala, dentro do espaço escola, inseridos no seu grupo. Pais que esperam isso da educação de seus filhos
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Gilda Rizzo

Novos desafios!!

Enfim hoje começa na nova escola,novos alunos e novos desafios! E ainda muito aprendizado pelo caminho.....Mesmo após quase 15 anos de experiência sempre é tempo de aprender! E neste ano vou aprender um pouco mais,continuo alfabetizando porém seguindo novas orientações,a bola da vez é o método Natural,ainda estou em estudo,mas vejo que muita coisa é parecida com o nosso sócio-construtivista! Só estou apreensiva com a mistura de letras no início da alfabetização,pois sempre li e estudei que as crianças devem aprender a ler primeiro com a letra bastão para depois serem apresentadas aos outros tipos ! Como eu disse,é um novo desafio,quando chegar o final do ano teremos os resultados,espero que sejam os melhores possíveis!!!
A primeira semana foi preparada com muito carinho! Vamos fazer uma sondagem e as crianças vão me ajudar a preparar o mural da semana! Tirei algumas ideias na revista "Educação Infantil",o tema será um jardim com duendes encantados,eles vão desenhar flores, borboletas e outros pequenos animais!
O cartaz dos aniversariantes também será preparado com as crianças!
Faremos crachás com os nomes,tudo com letras de imprensa minúscula!