29 de janeiro de 2012

Projeto Romero Britto:"Do Brasil para o mundo"

Com o objetivo de estimular a Arte e a criatividade dos nossos alunos, fizemos um trabalho de observação das obras de Romero Britto com a turma do pré 
Pernambucano de Recife, Romero Britto começou sua história com a arte ainda quando era criança. Com muita imaginação, aos oito anos já demonstrava sua aptidão para pintura, criando lindas obras sobre papelão, jornal e sucata. Também começamos nossos trabalhos explorando diversos materiais: caixas, caixas de ovos, garrafas plásticas.
Seguindo um estilo próprio e adotando um traço quase infantil, o artista Romero Britto produz pinturas com figuras e formas geométricas, demonstrando uma incrível habilidade no equilíbrio das cores vibrantes, o que chamou a tenção dos alunos do pré II, todos puderam observar as cores e as formas mostradas em suas obras.

Apresentei algumas obras do artista estudado e fizemos releituras utilizando várias técnicas.
Com a obra “Butterfly” fizemos colagem com papel picado e pintura no rolinho.

Conhecemos o quadro “The frog” e tentamos reproduzi-lo. Mostrei as crianças que primeiro era melhor desenharmos e depois pintaríamos aos poucos. O resultado foi incrível! Vários detalhes observados...

Mostrei as cores primárias e falamos da mistura de cores. Cada dia fazíamos uma mistura para descobrirmos qual cor daria! "Azul com amarelo dá verde.Vermelho com amarelo dá laranja.Vermelho com azul dá roxo."


"Para mim, a Arte reflete a celebração das coisas simples e gostosas da vida"
(Romero Brito)
Com a obra “The hug” falamos sobre amizade e a importância de ser carinhoso e ter amigos!
Outra obra observada foi a "Apple", as crianças desenharam e depois em grupo confeccionamos uma maçã com jornal picado colorindo de acordo.


Falando sobre família, conhecemos a obra “A família Atlântida”, observamos o quadro, discutimos se o animal de estimação que aparece na obra faz parte da família e todos disseram que sim!Também reproduzimos essa obra utilizando canetinha!


Já que falamos de animais de estimação,conversamos sobre quais são e como devem viver esses animais que fazem parte da família e apresentei as obras “Cat” e “Dog”.


Até as bandeirinhas da nossa Festa Junina foram inspiradas nas obras de Romero Britto:



O trabalho com as obras de Romero Britto enriqueceram muito nossas aulas!

15 de janeiro de 2012

Diretrizes Nacionais da educação para o trânsito na pré-escola

Documento importante para pautar as ações sobre educação no trânsito na pré-escola.
A sua creche/escola já conhece?

Estas diretrizes são destinadas às crianças em fase pré-escolar que, conforme o
Artigo 30, da Lei n.9.394/1996, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, têm
quatro a seis anos de idade.
Nestas diretrizes, você encontrará fundamentos, princípios e procedimentos
ancorados:
I – nas bases legais que orientam:
a) os Sistemas de Ensino da Educação Brasileira;
b) o Sistema Nacional de Trânsito;
II – numa dimensão conceitual de trânsito como direito de todas as pessoas e que
compreende aspectos voltados à segurança, à mobilidade humana, à qualidade de vida e
ao universo das relações sociais no espaço público;
III – nas propostas pedagógicas das instituições de Educação Infantil, constantes nas
Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil;
IV – numa abordagem que priorize a educação para a paz, a partir de exemplos
positivos, capazes de desenvolver esquemas de interação com os outros e com o meio,
oferecendo condições para que as crianças aprendam a ser, a estar e a conviver no
trânsito;
V – em aprendizagens que favoreçam a aquisição de atitudes seguras no trânsito e
reflitam o exercício da ética e da cidadania no espaço público;
VI – no reconhecimento das crianças como cidadãs cujos direitos devem ser
preservados e legitimados.
O trabalho de Educação para o Trânsito nas pré-escolas proposto neste
documento tem como principais objetivos:
I – considerar as capacidades afetivas, emocionais, sociais e cognitivas de cada criança,
garantindo um ambiente saudável e prazeroso à prática de experiências educativas
relacionadas ao trânsito;
II – favorecer o desenvolvimento de posturas e atitudes que visem a segurança
individual e coletiva para a construção de um espaço público democrático e equitativo;
III – respeitar as diversidades culturais, os diferentes espaços geográficos e as relações
interpessoais que neles ocorrem;
IV – superar a concepção reducionista de que educação para o trânsito é apenas a
preparação do futuro condutor;
V – criar condições que favoreçam a observação e a exploração do ambiente, a fim de
que as crianças percebam-se como agentes transformadores e valorizem atitudes que
contribuam para sua preservação;
VI – utilizar diferentes linguagens (artística, corporal, oral e escrita) e brincadeiras para
desenvolver atividades relacionadas ao trânsito;
VII – proporcionar situações, de forma integrada, que contribuam para o
desenvolvimento das capacidades de relação interpessoal, de ser e de estar com os
outros e de respeito e segurança no espaço público;
VIII – envolver a família e a comunidade nas ações educativas de trânsito
desenvolvidas.


Para que o trabalho relacionado à Educação para o Trânsito seja implementado
com êxito na pré-escola, é importante que você programe ações em sua proposta
pedagógica, inserindo as atividades sugeridas, assim como outras que sigam a mesma
linha, levando em conta as fases de desenvolvimento das crianças, observando-as e
respeitando-as em suas diferenças individuais.

11 de janeiro de 2012

Falando sobre trânsito na Educação Infantil

                
No Bom dia Rio desta terça-feira, na coluna de Educação apresentada por Andrea Ramal, a creche que coordeno apareceu mostrando como é desenvolvido o trabalho sobre o trânsito na Educação Infantil.
Como todo aprendizado na creche ele acontece através de brincadeiras. As crianças enquanto brincam na pista aprendem a se comportar no trânsito, aprendem a respeitar o outro, a dividir e a trocar.
Durante as brincadeiras com os carrinhos fazemos algumas intervenções, como por exemplo: não correr, ter atenção para não machucar o amigo, ter cuidado com quem está sendo transportado e com quem está atravessando (pedestres). Introduzimos palavras dentro do contexto do trânsito (sinalização, pedestres, motoristas, faixas de trânsito, proibido e permitido,etc).
Desenvolvemos atividades que mostram a importância da adoção de posturas e atitudes voltadas para o bem comum, que promovam o respeito e a valorização da vida.
Um enfoque maior é dado a partir do pré I (4 anos), mas com o pequenos fazemos brincadeiras simbólicas através de fantoches, carrinhos, blocos para montar cidades e movimentar os carrinhos.
Observando as crianças durante a reprodução das brincadeiras, percebemos e identificamos o comportamento da família em determinadas situações no trânsito, pois elas reproduzem frases ouvidas dos diálogos dos adultos, assim como suas ações!
A matéria ficou excelente, o número de acidentes é muito grande e o que falta mesmo não é nem conhecimento ou prática: falta educação, respeito e bom senso! 

Assista a matéria !

                                                                                                

Nas próximas postagens vou dividir com vocês as Diretrizes Nacionais da Educação para o trânsito na pré-escola, que é o documento que orienta a nossa prática!




6 de janeiro de 2012

O que podemos aprender com o sistema educacional da China?

Lendo um texto do Gustavo Ioschpe (economista e especialista em Educação) no qual ele falava de uma viagem feita a China, com o objetivo de conhecer o sistema educacional de Xangai, que conquistou o primeiro lugar no Pisa (Teste realizado a cada três anos pela OCDE (o clube dos países desenvolvidos), mede o conhecimento de jovens de 15 anos de idade. Começou a ser realizado no ano 2000 em 32 países (entre eles o Brasil, que ficou em último lugar) e, na edição de 2009, contou com 65 participantes (ficamos novamente na rabeira: entre a 53ª e a 57ª posições) , comecei a refletir sobre como precisamos aprender para melhorar a educação em nosso país!

Claro que não precisamos copiar (e nem tem como) o sistema chinês, mas muita coisa dá para aproveitar e ajudar a criar estratégias para o Brasil.

Como já sabemos o principal ponto é o professor, diz o texto que "A China se deu conta de que precisava de bons professores, e em grande quantidade, para dar o seu salto", investiu nos bons professores (de acordo com os  resultados eles recebem bonificações) , eliminou funcionários administrativos (Se o fundamental é o professor, aquilo que é menos importante precisa ser sacrificado), tratou de colocar os melhores professores para atuar em salas com grande número de alunos ( Os chineses entenderam que é melhor ter quarenta alunos em contato com um bom professor do que vinte, em duas salas, uma com um professor bom e a outra com um ruim.);



Outro ponto a ser destacado nessa pesquisa feita por Gustavo Ioschpe é que   "...além de precisar demonstrar sua qualidade, para ter remuneração mais alta o professor deve se comprometer com um aumento substancial no número de horas de treinamento. Os aumentos salariais não são uma gratificação: são uma contrapartida.". Quer dizer, o professor precisa passar por treinamentos, só a faculdade não basta, a reciclagem é fundamental!

 "Os professores precisam esforçar-se, dar boas aulas e obter bom rendimento dos alunos para receber bonificações e aumentos. Os melhores professores viram diretores. Os bons diretores das escolas medianas são transferidos para escolas melhores, em seguida para as escolas-chave. Depois para a administração municipal, então para a da província, até chegarem ao ministério. Cada pessoa é valorizada de acordo com o que agrega ao sistema."

Fala-se também da coletividade, todos se ajudam! O professor costuma ser muito centralizador, ele prefere manter o conhecimento só para ele, não divide as "boas ideias" com seus colegas com medo de que alguém copie e faça melhor que ele! Vivi muitas situações assim e esse foi o principal  motivo de criar este blog: dividir o que faço e o que aprendo! Na China eles fazem isso, a troca é constante, grupos de estudos são obrigatórios!

 O currículo escolar é padronizado ( leia aqui que existe intenções para que no Brasil seja assim também): "As províncias chinesas têm um currículo padronizado. que especifica o que deve ser ensinado a cada aula, com objetivos claros de habilidades e conhecimentos que o aluno deve dominar a cada semestre. Na maior parte do mundo é assim; o Brasil é um dos poucos lugares em que prevalece a ideia de que é democrático que cada professor e escola decidam o que ensinar e como, atendo-se apenas a parâmetros curriculares genéricos."

O professor precisa ter claro o que e como ensinar, ele tem que ter orientações precisas sobre o seu trabalho!  
E o que mais me chamou a atenção foi que quando uma escola não está indo bem, outra escola é chamada para ajudá-la, os bons professores se deslocam até ela, junto com o vice-diretor e eles têm dois anos para conseguir melhorar o nível daquela escola. Caso consigam, são premiados! Não é o máximo?

Que em 2012 possamos conhecer e aprender mais sobre educação, que possamos usar a coletividade, a troca e a curiosidade que nos move para fazer do Brasil um país melhor!